segunda-feira, 9 de junho de 2014

como estudar?

COMO ESTUDAR

Os trabalhos de casa têm uma enorme importância no progresso das crianças.
Para muitos psicólogos e pedagogos 80% dos conflitos familiares es­tão relacionados com os trabalhos de casa. Eles representam uma enorme tensão nas relações familiares. Os trabalhos de casa nunca tive­ram tanta importância na educação dos seus filhos. Na realidade, as pes­quisas efectuadas demonstram que, quando são cuidadosamente marca­ dos e classificados, têm muita in­fluência no sucesso escolar da crian­ça, mais ainda que outros factores como o rendimento familiar, a classe socioeconómica ou os antecedentes educacionais.
Mas os trabalhos de casa também têm valor por outros motivos. De­senvolvem a capacidade de autodis­ciplina e de autonomia, cultivam bons hábitos de estudo e fomentam a iniciativa. O trabalho de casa também pode ser o «grande equalizador». O seu fi­lho pode equiparar-se a um colega ou mesmo ultrapassá-lo, bastando para tal estudar mais em casa.
Pode-se ainda referir que hábitos correctos relativamente ao trabalho de casa promovem relações familia­res mais harmoniosas. «As crianças gostam de saber aquilo que se espera delas. Se estabelecer um programa de realização dos tra­balhos e um conjunto bem definido de regras a cumprir diariamente, acabam-se as guerras com os traba­lhos de casa. Os educadores salientam que o papel dos pais é fundamental. O lar é o ponto crucial do sucesso de uma criança. Aqui ficam algumas suges­tões para facilitar a tarefa e torná-la mais produtiva:
Começar no primeiro dia.
A maior dádiva que um pai pode fazer a um filho consiste em mostrar-lhe a importância da aprendizagem e que há regras acerca disso. Mesmo se o seu filho andar ape­nas no infantário, dedique 10 a 20 minutos por dia para lhe ler ou con­versar com ele acerca das actividades do dia que passou. O seu interesse pela sua educação fica assim bem patente e demonstra que a educação também se faz em casa.
Não lhe chame a hora dos tra­balhos de casa porque assim eles po­dem responder-lhe: «Mas eu não te­nho trabalhos para fazer hoje!», ou «Já os fiz na escola». Chame-lhe tempo de estudo ou hora do sossego. Faça-lhes ver com firmeza que há sempre trabalhos a fazer - ler, es­crever cartas, organizar apontamen­tos ou preparar o dia seguinte. Mos­tre-lhes que o trabalho feito em casa é tão importante na educação como o que é feito na escola.
Não se preocupe com o local ideal para estudar.
Para certas crianças é necessária uma secretária bem ilu­minada no seu quarto, com todo o papel, lápis e livros necessários. Mas qualquer local calmo serve, desde que esteja longe das distrac­ções caseiras, principalmente da televisão. Há crianças que detestam ser mandadas para o quarto. Para elas, o melhor será usarem a mesa da cozinha. Uma superfície plana e uma cadeira robusta mas confortável são importantes para o trabalho escrito e também reduzem a fadiga e o esforço visual. No entanto, depois de passar o dia sentada nas cadeiras da escola, a criança pode preferir ler na cama.
Estabeleça uma rotina diária.
O período de estudo deve ser rigorosa­ mente cumprido, mas não é obriga­tória a observância do mesmo horá­rio de segunda a sexta. Pode-se fazer um horário em que são incluídas as aulas de música, os jogos de futebol, o escutismo e até os programas de televisão favoritos. Mas o período de estudo deverá ter a mesma dura­ção mínima todas as noites, independentemente do volume de traba­lho existente. Assim já não há des­culpas para «esquecimentos» do tra­balho de casa ou para o «Pepe rápi­do», que faz tudo ao sprint e aparece passados cinco minutos a dizer «Já fiz tudo!», esteja mal ou bem feito. E quando o estudo começa, não de­ve ser interrompido - não há cá guloseimas, nem televisão, nem tele­fonemas para os amigos.
Dê apoio, não ensine.
Um objectivo importante do tra­balho de casa consiste em informar o professor relativamente à com­ preensão que o aluno teve da maté­ria dada na aula. Se forem os pais a fazer o trabalho, o professor ficará informado do que eles sabem, e não do que sabe o aluno. Além disso, as «ajudas» contrariam o objectivo de desenvolver a autonomia da criança.
Tal não significa que seja adopta­ da uma atitude de total alheamento durante o tempo de estudo. Talvez seja necessário acompanhar de perto uma criança muito jovem para a orientar, ensinar ou ter a certeza de que compreende a tarefa pretendida. Com as crianças mais velhas poderá ajudar nos exercícios, na memoriza­ção ou na soletração. Também pode consolidar as lições. Se o seu filho estiver a estudar fracções, vá fazer bolinhos de chocolate e ajude-o a descobrir como se multiplicam três quartos de uma chávena de farinha por dois.
Faça um registo dos trabalhos de casa.
Peça ao seu filho para registar num bloco as tarefas diárias e para lhas mostrar. Peça ao professor para verificar se ele registou cada uma delas. Verifique a lista com o seu filho antes de dar início ao período de estudo diário. Um registo do tra­balho diário não serve apenas para definir o que há a fazer, mas tam­bém para eliminar eventuais perdas de tempo com telefonemas aos cole­gas para obter essas informações. Além disso, evita desculpas do géne­ro «Deixei a lista dos deveres na es­cola».
Depois de terminado, verifique se o trabalho está completo. Há pro­fessores que preferem que os pais datem e assinem os trabalhos. Se o seu filho não tiver trabalho para ca­sa, pergunte à professora porquê. Se o trabalho lhe parecer demasiado (ou se o seu filho se queixar de uma sobrecarga), também deve falar com a professora. Se a escola não tiver uma política em relação aos traba­lhos de casa, fale com a Associação de País e com os professores para que seja definida uma.
Dê o exemplo. ++’’~~,,..~~««------_----
Se não quer que o seu filho se instale à frente da televi­são em vez de estudar, não se ponha a ver a telenovela na hora em que quer que ele estude. Para provar que toda a gente tem uma tarefa a cum­prir, aproveite o período de estudo para ler, escrever cartas ou fazer con­tas. Poderá inclusivamente dizer: "Vamos lá então aos nossos traba­lhos de casa.»
Se lhes mostrar que gosta de ler, os seus filhos também gostarão de o fazer; prove-lhes que a família dá importância à matemática e eles passarão também a considerá-la importante. Lembre-se de que não   é forçoso que os pais saibam tudo. Alguns pais afastam-se dos trabalhos de casa porque não se sentem aptos a resol­ver problemas de álgebra ou a discutir as peças de Shakespeare. Mas essa é a função do professor. A sua tarefa consiste em dar apoio e em realçar o valor dos trabalhos de casa. Poderá assim ajudar o seu filho a ser mais responsável e confiante.

As cábulas do bom estudante
Nem sempre são os mais inteligentes, mas sabem trabalhar melhor. Vejamos como. Todos conhecemos bons alunos. Têm boas notas, é certo, mas à custa de serem «marrões», com os narizes sempre enfiados nos livros. São uma nulidade no desporto e desajeitados no que se refere ao sexo oposto. Os alunos com um alto coeficiente de inteli­gência às vezes não se saem tão bem como os seus colegas de QI mais baixo. Para eles, aprender é demasia­do fácil e por isso nunca descobrem como esforçar-se um pouco mais.
Trabalho árduo também não re­solve tudo. De facto, alguns desses es­tudantes até acabam por passar me­nos horas a estudar do que os seus colegas que têm notas mais baixas. Os garotos que são os melhores da turma chegam a essa posição do­minando algumas técnicas básicas que os outros podem aprender facil­mente. Aqui, segundo afirmam especialistas de educação e os próprios estudantes, residem os segredos dos bons alunos.
1. Estabelece prioridades.
Os me­lhores alunos não consentem intru­sões durante o tempo de estudo. Uma vez os livros abertos ou o compu­tador ligado, não atendem telefone­, não vêem televisão e não que­rem saber de lanches. O estudo é a sério e precede o prazer.
2. Estuda em qualquer lado.
Para muitos dos alunos, os tempos de estudo estavam ape­nas sujeitos às preferências pessoais de cada um. Alguns traalham até tarde, de noite, quando a casa está­ sossegada. Outros acordam ce­do. Outros ainda estudam assim que chegam a casa da escola, quan­do ainda têm a matéria fresca na cabeça. Contudo, muitos alunos concordam que é necessário per­sistir.
3. Organiza-te.
Arquiva imediata­mente o trabalho de casa do dia em pastas com separadores de cores di­ferentes para cada disciplina, de for­ma a tê-los sempre à mão para revi­sões na altura dos exames. Mesmo os estudantes que não têm um local de estudo só para si não prescindem da organização. Uma mochila ou uma gaveta servem para manter no mesmo sítio os materiais essenciais e evitam perder tempo à procura das coisas.
4. Aprende a ler.
Para muitos alunos as aulas me­lhores que já tiveram foram as de leitura rápi­da. Não só aumentam o número de palavras por minuto, como também aprendem a ler em primeiro lugar o índice, os gráficos e as fotografias dos livros. Depois, quando começam a ler, já têm uma ideia geral do assunto e fixam muito melhor. O segredo de uma boa leitura é ser um leitor ac­tivo, sempre a colocar questões que conduzem a uma compreensão glo­bal da mensagem do autor.
5. Programa o teu tempo.
Quando um dos professores marca um traba­lho extenso, cria um horário, dividindo o projecto em porções pequenas, de forma a não parecer excessivo. Primeiro investiga e faz um esboço do trabalho, depois tenta redigi-lo de uma só vez durante um fim-de-semana Claro, até os melhores estudantes deixam às vezes os seus deveres para mais tarde. Mas quando isso acon­tece, recuperam.
6. Tira bons apontamentos e serve­-te deles.
Os melhores alunos também to­mam apontamentos enquanto es­tudam a matéria indicada pelo pro­fessor. Pouco antes de a campainha to­car, a maior parte dos estudantes fe­cha os livros, arruma os papéis, se­greda com os amigos e prepara-se para sair a correr. Usa es­ses poucos minutos para escrever um sumário de duas ou três frases acerca dos pontos principais da li­ção, que deverás voltar a consultar momen­tos antes da aula do dia seguinte.
7. Passa tudo a limpo.
Os papéis bem apresentados têm mais hipóte­se de serem bem classificados do que os pouco cuidados. O aluno que entrega uma prova passada a limpo está já a candi­datar-se a uma boa nota. É como quando nos servem um hamburger: mesmo que seja excelente, não acre­ditamos que nos saiba bem se for apresentado num prato sujo.
8. Manifesta-te.
Se não com­preenderes o que o teu professor está a explicar, pe­de-lhe que repita No entanto, a participação na aula é mais do que sim­plesmente fazer perguntas. É uma questão de manifestar curiosidade intelectual. Não decores informação só para os tes­tes. As melhores no­tas são resultado de uma melhor compreensão.
9. Estuda em grupo.
O valor do estudo em conjunto já foi demonstra­do por diversas experiências. Por exemplo, numa determinada turma na disciplina de Matemática um grupo de alunos, em média, conseguiam re­sultados melhores do que os restantes estudan­tes com antecedentes académicos semelhantes. Este grupo de alunos discutia sempre, em conjunto, os problemas dos trabalhos de casa; tentavam abordagens diferentes e explicavam as suas soluções uns aos outros. Em contrapartida, os restantes alu­nos que estudavam sozinhos, passavam a maior parte do tempo a ler e reler o texto e tentavam sempre a mesma abordagem.
10. Põe-te à prova.
Ao estudares em casa, se não conseguires responder satisfatoriamente a uma questão, vol­ta atrás e revê a matéria. Os estu­dantes que elaboram possíveis per­guntas de testes muitas vezes vão encontrar essas mesmas perguntas no exame real e assim conseguem melhores notas.
11. Faz mais do que te pediram.
Se o professor de Matemática te mar­car cinco problemas faz 10. Se o professor de História te marcar oito páginas para ler lê 12. Uma parte da apren­dizagem é o praticar . E quanto mais se pratica, mais se aprende.
O papel dos pais:
O «segredo» mais importante dos bons alunos não é assim tão secreto. Para quase todos, o contributo dos pais é decisivo. Desde a infância, os pais devem incutir nos seus filhos um gran­de amor pelo conhecimento. Devem cria­r as expectativas indispensáveis em relação aos filhos e fazer-lhes correspon­der a elas. Devem encorajar os filhos e filhas nos estudos, mas não fazer o trabalho por eles. Em resumo, se os pais transmitirem aos filhos lições de responsabilidade, estes decerto correspon­derão na perfeição.
SOBRE O AUTOR

Alguém que vive de maneira a nunca se envergonhar se ao mundo for divulgado o que faz ou o que diz, mesmo que o divulgado não seja verdade. A minha única obrigação em qualquer momento da minha vida é ser fiel a mim próprio. Vivo todos os momentos da vida sem necessitar de muralhas! Essas não nos protegem, isolam-nos.

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